3ª edição, Oficina do Livro, 2009 |
1ª edição, Dom Quixote, 1996 |
2ª edição, Círculo de Leitores, 2000 |
Apresentação,
por Ernesto Melo Antunes
O livro do João Paulo Guerra foi concebido como um painel, de cores vivas e bastante contrastantes, constituído por opiniões e depoimentos de vários protagonistas, intervenientes ou meros observadores do problema colonial ou do processo de descolonização. Aparentemente – e eu sublinho, aparentemente – o autor não exprime a sua opinião. Deste ponto de vista é, digamos, um livro neutral. E eu pergunto se será isto o que corresponde à famosa objectividade em História. Este livro, com todos os depoimentos cruzados que tem, é um bom ponto de partida para a compreensão do complexo processo da descolonização.
por Ernesto Melo Antunes
O livro do João Paulo Guerra foi concebido como um painel, de cores vivas e bastante contrastantes, constituído por opiniões e depoimentos de vários protagonistas, intervenientes ou meros observadores do problema colonial ou do processo de descolonização. Aparentemente – e eu sublinho, aparentemente – o autor não exprime a sua opinião. Deste ponto de vista é, digamos, um livro neutral. E eu pergunto se será isto o que corresponde à famosa objectividade em História. Este livro, com todos os depoimentos cruzados que tem, é um bom ponto de partida para a compreensão do complexo processo da descolonização.
O autor entendeu
convidar-me, logo a mim, para apresentar o livro. Este já não é seguramente um
gesto neutral. O risco era grande - e o autor certamente sabia-o - que eu
entendesse a apresentação do livro não como um resumo das várias posições que
nele aparecem, mas sim como uma ocasião que me era dada para desenvolver
aspectos da minha visão comprometida da História. Sim, porque neste caso
concreto, que é o da história da descolonização portuguesa, eu tenho uma visão
comprometida, contra outras visões, também elas certamente comprometidas. Mas
aqui é o livro que conta, é ele que é importante. O comentador introduz apenas
uma perspectiva que vem, na melhor das hipóteses, animar o debate político ou,
do meu ponto de vista, o debate político-cultural em torno deste tema.
Quero começar por destacar que a perspectiva que presidiu à questão da
descolonização, no espírito dos militares que neste processo acabaram por ter
um papel destacado – eu fui um desses militares – foi a convicção profunda que,
com a revolução do 25 de Abril, tinha chegado o momento histórico inevitável e
necessário de ruptura com o sistema colonial e, em consequência, do salto
qualitativo para as independências. Contrariamente a quase todas as ideias
feitas – que preferem sublinhar aspectos confusos e contraditórios de um
processo que foi em si mesmo complexo, perdendo-se em aspectos acessórios ou
circunstanciais - houve um pensamento estratégico que, embora combatido em
muitas frentes, acabou por prevalecer. Esse pensamento estratégico foi o de que
o reconhecimento à auto-determinação e independência dos povos submetidos à
dominação colonial era a pedra angular do processo da descolonização.
Recordar-se-ão alguns dos que acompanharam de perto as chamadas
peripécias do processo revolucionário português nos primeiros meses, a seguir
ao 25 de Abril, que, em torno da questão das negociações com vista à independência
de Moçambique, se levantaram polémicas e acusações gravíssimas em relação
àqueles que defendiam justamente esse ponto de vista: o de que o 25 de Abril
teria que ter como corolário necessário a ruptura com o colonialismo,
reconhecendo sem tergiversações o direito à auto-determinação e à
independência. Este pensamento estratégico teve que se afirmar abrindo caminho
por entre um conjunto de posições de todos aqueles que consideravam
«precipitado» o reconhecimento dos princípios da auto-determinação e da
independência. Foi difícil fazer passar essa ideia e a batalha política que se
travou só se concluiu com a publicação da lei 7/74, de Julho desse ano.
Curiosamente, vale aqui recordar que cerca de 20 anos depois se pôs em
causa o carácter genuíno do aparecimento desta Lei. Do meu ponto de vista, não
é por acaso. Refiro-me a uma declaração do Dr. Almeida Santos ao autor deste
livro, dizendo-se chocado com o aparecimento desta Lei, que consagrava
claramente o direito à auto-determinação e à independência, e acrescentando que
o próprio general Spínola não teria tido conhecimento da publicação dessa Lei.
Muitas coisas estranhas se passaram naqueles primeiros meses a seguir ao 25 de
Abril, em plena revolução. Mas o mais estranho seria que uma Lei que serviu de
mote a uma comunicação do general Spínola ao país não fosse do seu
conhecimento. Isto explica uma outra maneira de fazer História. Eu digo que
tenho uma visão comprometida da história, mas isso implica honestidade
intelectual para ajuizar os factos, e não adequá-los, a posteriori, aos nossos interesses e justificações particulares.
A publicação desta Lei foi de facto um marco fundamental em todo o
processo da descolonização. O que se passava até então era que a visão que nós
tínhamos – nós, um certo grupo de militares com uma visão estratégica – entrava
claramente em conflito com a visão do Presidente da República. O general
Spínola tinha publicado um livro, «Portugal e o Futuro», que teve a importância
que se sabe, como mobilizador de forças importantes na sociedade portuguesa e
no meio militar para desencadear o 25 de Abril. É obviamente um mérito que não
se lhe pode negar. Mas tinha, do meu ponto de vista, uma visão anacrónica da
questão colonial, ao pensar que ainda era possível a constituição de uma federação
de países de expressão portuguesa, quando já tinham passado treze anos de
guerra, quando já se tinham aberto tantas feridas, tantos ressentimentos,
tantos ódios, e quando era já perfeitamente desajustado e inadequado admitir um
desenvolvimento autónomo das antigas colónias com um forte vínculo a Portugal
sob uma forma federativa.
Mas havia outras visões, e já não me refiro às da ultra-direita, de
certos sectores nacionalistas, que obviamente quereriam - mas nessa altura não
tinham força bastante para o impor - manter a todo o custo uma situação
colonial, embora encapotada sob formas mais ou menos subtis de neocolonialismo.
Como havia outras posições, de sectores conservadores, de um certo tipo de
cultura política, que se traduzem por questões deste género: Bom, mas as coisas
poderiam ter sido feitas de outra maneira, ou não podiam? Mas a nossa ligação
com África poderia ter ficado melhor adquirida, ou não? Mas os nossos
interesses poderiam ter sido melhor defendidos, ou não podiam?
E havia ainda outras vozes, vindas
de sectores da esquerda que hoje é relativamente simples distinguir – mas
naquela altura não era tão fácil. Refiro-me aos que reclamavam, antes de mais
nada, o fim da guerra. E depois se veria. O fim da guerra já e depois vamos
conversar, vamos negociar. Para dar um exemplo, e para chamar as coisas pelos
nomes, foi aquilo que levou o Dr. Mário Soares em Lusaka, no princípio de Junho
de 74, a iniciar as negociações com a Frelimo abraçando Samora Machel, num
gesto de reconciliação, de amizade, de quase cumplicidade. Tudo parecia fácil,
até porque o Dr. Mário Soares tinha defendido na clandestinidade o direito dos
povos das colónias à auto-determinação e à independência. No espírito de Mário
Soares, o objectivo imediato era o cessar-fogo, e depois se discutiriam as
modalidades concretas de que se iria revestir o direito à auto-determinação.
Surpresa grande foi para ele, e para muitos outros, o facto de Samora Machel e
a Frelimo terem resistido a essa proposta. A posição dos movimentos de libertação,
que pareceu a alguns de intransigência, era a de que não poderia haver
cessar-fogo sem que houvesse da nossa parte - isto é, da parte dos responsáveis
pela nova situação política vivida em Portugal, que se reclamavam do derrube do
fascismo e de uma nova atitude perante a questão colonial – o reconhecimento
prévio de que todos os contactos teriam que ser feitos em nome desse princípio
pelo qual tinham lutado durante tantos anos de armas na mão.
Houve muitas surpresas, tanto à direita, como ao centro, como à esquerda.
Certos responsáveis da época dificilmente entenderam a posição que alguns de
nós assumíamos, perfeitamente conscientes daquilo que estava em jogo. Alguns de
nós fomos mesmo acusados de traição, por defendermos uma doutrina que coincidia
com a dos movimentos de libertação. Não era por acaso que coincidia. Era porque
estávamos do mesmo lado da História. E isto é bom que fique dito de uma vez por
todas. Não me envergonho de o dizer e de acrescentar mesmo que esse é um dos
aspectos que mais honra a revolução do 25 de Abril.
Porque a revolução do 25 de Abril foi feita contra um sistema global de
poder a que então – quando havia a liberdade radical das palavras, entre outras
– se chamava o colonial-fascismo. Hoje as pessoas têm que ter mais cuidados
semânticos mas, independentemente desses cuidados, a verdade é que no 25 de
Abril houve claramente uma posição de luta global contra esse sistema de poder.
E eu penso que não é possível entender a história recente deste país
dissociando os dois termos desse conceito que é profundamente unitário. Haveria
por um lado o fascismo, ou a ditadura, ou o fascismo à portuguesa, como outros
dizem, e por outro lado o colonialismo. Não. Era o mesmo sistema de poder e de
opressão.
O que quero salientar é que considero muito ligeiras e muito redutoras as
opiniões dos que dizem que os militares fizeram o 25 de Abril simplesmente para
acabar com a guerra. Não há dúvida nenhuma que a guerra colonial teve uma
importância decisiva e determinante na formação da consciência política dos
militares. Mas arrisco-me, e por muitas razões, a dizer que no espírito da
esmagadora maioria do núcleo duro dos militares que conspirou e que agiu no 25
de Abril havia já uma ideia nítida do que estava em jogo. Se sublinho este
aspecto é porque se tem glosado demasiado este tema em muitos meios políticos,
culturais, mesmo jornalísticos: que os militares andaram a navegar sem saber
muito bem em que se tinham metido. Esta ligeireza traduz-se na incompreensão
que se manifesta em meios políticos civis em relação às posições que os
militares tomaram quanto a certas questões da política interna portuguesa, como
relativamente à questão colonial. A questão é que se os militares fossem tão
desprovidos de consciência como nesses meios civis se diz, então o que teriam
feito era darem meia dúzia de bordoadas em quem de direito no 25 de Abril e
depois entregavam de bandeja o poder aos políticos civis que, como se viu, e
como se continuou a ver durante muitos anos depois, tinham uma enorme capacidade
para conduzir os destinos do país sem grandes solavancos…
Outro ponto que gostaria de deixar claro é que nunca ninguém, entre os
militares responsáveis e também contra muitas ideias feitas, defendeu que a
descolonização portuguesa foi uma descolonização exemplar. Não há aliás
descolonizações bem feitas, pela boa e simples razão de que não há colonizações
boas. Gostaria que me apresentassem alguma descolonização que não tivesse tido
consequências mais ou menos dramáticas. E a origem desse dramatismo está fundamentalmente
na própria essência do colonialismo. É o colonialismo, antes de mais nada, a
própria fonte do drama colonial e das descolonizações. Claude Levy-Strauss
dizia que a colonização foi o pecado maior do Ocidente. Foi. E por isso mesmo é
que a história das colonizações é uma tragédia para os povos que as suportavam
como para os próprios povos que as exerciam. Será difícil hoje, quando há uma
cultura política em que há uma certa tendência para reescrever a História,
perceber-se o verdadeiro significado desse «fardo do homem branco», como alguém
dizia. E é um fardo que devemos saber suportar, não para andarmos vergados ao
peso da má consciência pelos séculos fora mas, se isso for possível, para que
constitua também um elemento de apreciação que as jovens gerações têm que fazer
sobre o modo como se têm de relacionar com os povos com os quais os seus países
entraram em contacto há séculos e que escravizaram durante séculos.
A colonização portuguesa foi tão má como as outras. O que não significa
que não haja margem de manobra para o diálogo com os povos que foram submetidos
ao colonialismo e que esse diálogo não deva ser prosseguido. Neste sentido, é
capaz de ter razão Veiga Simão, embora por diferentes motivos, quando diz no
livro que nos reúne aqui que a descolonização foi a maior tragédia que
aconteceu a Portugal depois de Alcácer Quibir. É capaz de ter razão, não
exactamente pelas razões que ele pensa, mas provavelmente pelos motivos que eu
invoco.
Não tivemos a veleidade de alcançar um processo exemplar de
descolonização. O que pretendemos foi que fossem exemplares, tanto quanto
possível, as relações futuras entre Portugal e as antigas colónias. Porque
fechado o ciclo do império nós sabíamos perfeitamente que não era possível
curar de repente todas as feridas, todos os ressentimentos. Mas durante muitos
anos isso não aconteceu. O diálogo entre Portugal e as antigas colónias foi uma
cacofonia completa. E de quem são as responsabilidades? Não quero fazer
julgamentos precipitados. Poder-se-ia perguntar se foram os acordos que foram
mal negociados? É uma pista a explorar e que eu gostaria de ver discutida um
dia. Em primeiro lugar, porque muitos daqueles que hoje põem em causa os
acordos, na altura não tiveram uma única palavra para se oporem nem à letra nem
ao espírito dos acordos. Em segundo lugar, porque eles foram de facto
discutidos com a maior boa-fé e com a ideia de que eram exequíveis. Do meu
ponto de vista, os acordos foram aqueles que deveriam ser feitos.
Isto levar-nos-ia a discutir a opinião daqueles que dizem que a
descolonização foi a possível, conceito a que confesso que sou alérgico, porque
o considero uma forma simplista de desculpabilização da nossa parte. Nós
seguimos uma determinada via, não por ingenuidade ou por pensarmos que era a
via mais fácil, mas porque correspondia a um pensamento estratégico. Por isso,
não foi aquilo que foi possível fazer. Foi aquilo que devia ser feito.
É claro que a descolonização teve consequências negativas em muitos
aspectos e o principal foi a retirada precipitada de centenas de milhar de
pessoas, sobretudo de Angola e de Moçambique, a que se chamaram retornados,
deixando esses países numa situação calamitosa de falta de quadros. Penso que o
que vou dizer não será particularmente popular em certos meios progressistas
das antigas colónias. Mas, neste caso, penso que a principal responsabilidade
coube aos movimentos de libertação. Porque contrariamente à letra e ao espírito
dos acordos gerou-se um clima de total repúdio da permanência dos portugueses,
um clima muitas vezes de perseguição, de insegurança, de tal modo intolerável,
que culminou num pânico generalizado. E nós em Portugal não podíamos fazer
outra coisa senão assegurar o regresso nas melhores condições possíveis.
Conversando com responsáveis dos movimentos de libertação muitos anos
depois, recolhi depoimentos que me revelaram que eles próprios tinham sido
ultrapassados pelas bases. Isto é, muitos deles, naquele período difícil, nos
contactos com as bases guerrilheiras, sentiram de tal forma o radicalismo das
posições dessas bases que não tiveram outro remédio senão radicalizar também o
seu discurso político relativamente ao antigo ocupante colonial. E que essa
seria a razão fundamental da atmosfera que se gerou. Não me custa a admitir que
isso tivesse acontecido por uma razão muito simples. É que aqui em Portugal, se
bem se lembram, a radicalização do discurso político, de todos os partidos
políticos, à esquerda, ao centro e à direita, foi também devido á necessidade
dos dirigentes não serem ultrapassados pelas bases.
No
caso da descolonização, um outro factor se juntou também, e por fim, às
condições e circunstâncias de todo o processo. Foi o facto das colónias, e
particularmente Angola e Moçambique, constituírem a partir de certa altura
peões no jogo das duas grandes potências, um campo de confrontação indirecta da
União Soviética e dos Estados Unidos para alargarem as suas esferas de
influência. Havia grandes interesses geo-estratégicos em jogo. No caso da
África Austral, os movimentos de libertação começaram a sua luta com apoios
claros, tanto políticos, como militares, financeiros e outros, por parte dos
regimes comunistas e nomeadamente da União Soviética. Os Estados Unidos, que
queriam contrariar essa influência, nunca souberam encontrar o antídoto eficaz.
Tiveram sempre uma enorme dificuldade em compreender os fenómenos sociais,
históricos, culturais que estavam na base dos movimentos de libertação. Daí
que, muito naturalmente, houvesse um choque de interesses entre as grandes
potências que, naquela fase, acabou por ser favorável à União Soviética.
Portugal tentou fazer compreender aos ocidentais, em particular aos
Estados Unidos, que uma atitude de hostilização dos novos países independentes,
pelo facto de adoptarem modelos marxistas, só ía aprofundar ainda mais o fosso
entre países do Terceiro Mundo, cujos apoios estavam do lado comunista, e o
Ocidente. E que essa não era a melhor forma de lhes abrir perspectivas de modo
a fazerem conscientemente as suas escolhas de modelos de desenvolvimento. Mas infelizmente,
na altura, os Estados Unidos não foram sensíveis a esse tipo de argumentação.
Daí as consequências que todos nós conhecemos. Durante muitos anos, enquanto
não se deu a derrocada do sistema comunista, esses países viveram sujeitos às
orientações da ortodoxia dos regimes comunistas. Daí também as situações de
confronto e de guerra. Nesse mundo bipolar, a maior parte das confrontações
entre as duas grandes potências verificou-se indirectamente, nomeadamente em
Angola e Moçambique, por interpostos cadáveres.
Vou terminar, pois já vai longa esta apresentação. Tentei ser tão breve,
tão simples, tão sóbrio quanto possível, tendo também em conta que eu, como
muitos daqueles que me acompanharam em todo este processo, tivemos de facto uma
humilde participação nos acontecimentos e temos disso uma perfeita consciência.
Percebemos que não podemos apresentarmo-nos hoje como protagonistas maiores do
que aquilo que fomos na época em que se viveram os acontecimentos.
Ernesto Melo Antunes, apresentação da 1ª edição (1996),
prefácio da 3ª edição (2009)
prefácio da 3ª edição (2009)
Empolgante, para mim, pelo
retrato que dá dos generais-falcões lusitanos como Câmara Pina (pág. 41, 1ª
edição), Kaúlza (para quem a derrota “é apenas uma vitória traída” (sic!),
Galvão de Melo (inventor da expressão “patriotas amadores”).
Mais do que o drama da
Descolonização, o que confrange é a mediocridade de um Spínola a insistir, p.
ex., na “comunidade lusíada” (pág. 70, 1ª edição) e certos apontamentos de
surpresa como as jogadas de Jardim (Jorge) com a Frelimo e o laço que unia
Botelho Moniz à CIA.
Enfim, um documento que
vale a pena reler e sublinhar.
José
Cardoso Pires, 28 Fevereiro 1996
O Regresso das
Caravelas foi inicialmente
uma série de reportagens de rádio, transmitidas pela TSF em Abril de 1994.
Na versão original para a rádio, O Regresso das Caravelas ganhou todos
os prémios de reportagem relativos ao ano de 1994:
Prémio Nacional de
Reportagem, do Clube
de Jornalistas do Porto,
Prémio Gazeta, do Clube de Jornalistas,
Prémio de Reportagem de
Rádio, do Clube
Português de Imprensa.
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